Centenas de milhões de mulheres e meninas vivas hoje se casaram enquanto ainda eram crianças. Muitas foram expostas à violência, tiradas da escola e empurradas rumo à maternidade de forma prematura. Mas também é ruim para comunidades e sociedades como um todo, prendendo noivas meninas e seus familiares em um ciclo de pobreza que pode persistir ao longo de gerações. O casamento infantil é comum. E enquanto o casamento infantil é mais prevalecente entre países de baixa e média renda, também ocorre em lugares de alta renda. O Brasil atualmente é o quarto país do mundo que mais registra uniões precoces. Como frequentemente é o caso, as responsabilidades da vida de casada e a maternidade a levaram a deixar a escola, limitando futuras opções para ela e sua filha.

Crianзa e Adolescente
Fazemos de tudo para que aquela pequenino possa voltar a sua família de origem. Atualmente, a fila para quem aguarda uma criança no Brasil é composta por 46,2 mil pretendentes. Mas a realidade é outra. O perfil solicitado só aumenta a demora em conseguir um lar para a pequenino, que pode continuar na casa de acolhimento até completar 18 anos. Existem na fila casais héteros, homoafetivos e pessoas solteiras, de diferentes raças.
Você está quase esgotado: e agora?
Mas o que espanta é a exatamente baixa quantidade de estudantes que conseguem se formar. Do lado das instituições de ensino, o avanço da EaD foi uma forma de ganhar gama e baratear os cursos, deixando-os restante acessíveis a alunos distantes ou de baixa renda. O problema, diz Litto, é que uma boa porcentagem das escolas fez isso para baratear o ensino e ganhar mais dinheiro, demitindo, por exemplo, o corpo docente com doutorado, que é mais caro de manter. Mas como encaixar as horas em um período letivo menor? Quanto exigir o mesmo aprendizado de crianças que tenham diferentes condições de tablets e acesso à internet a escrivaninhas, por exemplo dentro de casa? Quanto avaliar, na volta às aulas, o que foi ensinado virtualmente?